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sábado, 14 de janeiro de 2023

Sê o que és e torna-te contagioso

O importante, disse-o um dia a alguém que me pedia conselho, é ser-se o que se é e tornar-se contagioso. A primeira responsabilidade que nos assiste é saber o que se é: continuo convencido de que todos nós nascemos com uma partitura na cabeça. Depois, tantas vezes, ou porque nos faltou mestre de música, ou porque não encontramos piano à mão, vamos-nos entretendo a tocar coisas que não são da nossa partitura. Há então que fazer o esforço, individual ou colectivo, de achar o mestre e o piano que a partitura exige. Conseguido isso, devemos tornar-nos contagiosos. 
 
filósofo, poeta, professor 
(1906-1994)

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Tornar alguém melhor…

Agostinho da Silva

"O mestre é o homem que não manda - aconselha e canaliza, apazigua e abranda. Não é a palavra que incendeia, é a palavra que faz renascer o canto alegre do pastor depois da tempestade. Não interessa vencer nem ficar em boa posição. Tornar alguém melhor, eis todo o seu programa."

- Agostinho da Silva, Considerações sobre um Tema

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O marinheiro e monge que não fui


Morrer dormir dormir sonhar

pode não ser mais nada senão verso

ou destino a querer até inverso

quando por minha vez eu lá chegar


poeirinha do céu gota de mar

em constante mudar me vejo imerso 

na própria vida em sonho me disperso 

e livre no que seja vou entrar 


talvez nunca me lembre ter vivido 

talvez nunca me pense renascido 

mas alma em rio eterno que flui 


diferente de todas me afirmando 

e num golpe de luz recuperando 

o marinheiro e monge que não fui.


Agostinho da Silva, UNS POEMAS DE AGOSTINHO, Ulmeiro, Lisboa, 1997, p. 58.

fonte: Ventos Sábios   



terça-feira, 6 de abril de 2021

A última revelação


 "A última [revelação], a que nos abrirá plenamente portas de glória que serão ao mesmo tempo para o mundo e para fora dele, que serão simultaneamente de tempo e de eternidade, de individual e colectivo, de santidade estendendo-se na horizontalidade de todo o planeta e na total verticalidade de cada homem, e acabando assim com todas as falsas antinomias que, pela sua duração na História, se tinham quase visto como inerentes à própria natureza da Humanidade e do mundo; a última revelação, essa virá de nós para nós mesmos, e ninguém dará por ela a não sermos nós. Será como que o pleno lembrar-se daquele reino de pura essência de que falou Platão; e aquela plena transformação do homem de que Jesus falou."

- Agostinho da Silva, SÓ AJUSTAMENTOS, 1962, IN TEXTOS E ENSAIOS FILOSÓFICOS, II, Âncora Editora, 1999, p. 137.

Mural da Associação Agostinho da Silva

Via mural de Fernanda Pinto

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

mudar o mundo...

hoje foi concebido o crepe... ❤️💚💙

para mudar o mundo
na linha de Agostinho da Silva!

torradas com sardinhas em tomate,
cebola e queijo
( ao jantar para celebrar o arranque )

2021.01.07 06h15

Acordei com bons sonhos e deu nisto:

Estou a pensar que tinha saudades 
de ti, Nuno Eiró 🙏👍
Será que “este mundo” vai 
finalmente começar a perceber 
que são as pessoas, a Vida,
que têm valor
e não o dinheiro...?!
🙏



2021.01.16

Ontem entrámos de novo em confinamento.
Hoje tive sonhos estranhos,
colegas da faculdade, 
stresses de estudo,
um personagem louco que andava de bicicleta
colado a uma parede...
Não sei que pensar...
E deparei-me com este post 
 

domingo, 20 de setembro de 2020

A revolução

"Só depois de todas as revoluções
- e as haverá, pois a inteligência é impotente perante os hábitos, sobretudo os maus, dos poderosos - virá a revolução que vale e em que será guia o voluntário Pobre de Assis, santo só então para os homens de todas as religiões e para os que tenham a de as não terem: a revolução do despojamento, da disponibilidade e do ascender à poesia: pois somente como poeta, isto é, criador, na arte, na ciência, na técnica, na acção e na contemplação, será o homem verdadeiramente à imagem e semelhança do Divino: centelha em nós do pensamento eterno." Agostinho da Silva
VIRÁ A REVOLUÇÃO!, 1981, TEXTOS E ENSAIOS FILOSÓFICOS II, Âncora Editora, 1999, p. 377

sábado, 2 de novembro de 2019

Essência

''Cada um fugirá, suportará ou amará a solidão
na proporção exacta do valor da sua personalidade.
Pois na solidão o indivíduo mesquinho
sente toda a sua mesquinhez,
o grande espírito toda a sua grandeza;
numa palavra: cada um sente o que é.''
- Agostinho da Silva


E eu atrevo-me a acrescentar 
a estas sublimes palavras de 
Agostinho da Silva:

Que cada um de nós,
não se deixe nunca apenas ficar
com aquilo que julga “que é”,
mas antes, não desista nunca de procurar 
aquilo que na Sua essência É!

Mano
Oeiras, 2 de Novembro de 2019


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Revolução


"(…) Há, talvez, duas espécies de revolução: uma é a de mudar o mundo (...), a outra a de mudar cada pessoa (...), a revolução pessoal, que tem no Ocidente os exemplos de São Paulo ou São Francisco, e no Oriente o caso de Buda e de, quase em nosso tempo, Ramakrishna. (...) Quem sabe se não haveria ainda que trilhar novo caminho: o de, tomando toda a simplicidade, todo o despojamento, toda a disciplina, toda a dedicação dos acima citados - e bem sabendo de nossas inferioridades e limitações -, ninguém se retirar do mundo, como muitos deles fizeram, ninguém se recolher a convento algum, mas no século permanecer, com bom humor, paciência, entusiasmo, fé no triunfo e absoluta confiança nas qualidades do homem, quaisquer que sejam as aparências.
Combater sem agressividade, esperar sem se tornar passivo, acreditar haver saída para tudo, conservar-se na marcha geral, embora escolhendo o seu próprio caminho e jamais esquecendo o seu rumo, abertos sempre a novas ideias e acolhedores de todos os estímulos. Sem internas quebras, navegar o que parece impossível, sem desânimo, adiantar a tarefa sem temer o paradoxo, dar toda a eternidade à corrida do tempo, sem pressa, nunca cessando a marcha. (…)"

Agostinho da Silva (1906-1994)

fonte: facebook

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Agostinho da Silva


“ (…) Eu ponho como possível uma teoria nova de se nascer.
Quando chegou a minha hora de nascer no céu das ideias, estava atento ao globo terrestre que me ia passando pela frente à espera de encontrar uma terra que me agradasse. E como eu estavam outros: quer dizer, toda a gente escolhe o lugar onde nasce. Que nascer não é uma fatalidade, mas uma escolha pré-consciente (…).
Eu o que escolhi foi Barca d’ Alva, que é a última terra portuguesa antes da fronteira com Espanha (…).
in Antena5